Moradores denunciam que além do mato alto a restinga se transformou em abrigo de bandidos, ratos e até tráfico de drogas, especialmente na primavera e verão quando o bairro é invadido por gente de todas as cidades. Por falta de cuidado ou por mera incompetência a vegetação deveria ser quase rasteira. “Acontece de tudo por lá. Dá medo passar pelas trilhas”, conta uma moradora que escreveu aqui para o site, completando: “Tenho saudade dos tempos de paz, quando nós, amigos, sentávamos na areia de Itacoatiara a noite para bater papo. Hoje isso é impossível e essa muralha de mato aumenta ainda mais a nossa insegurança”.
Esta semana, um morador antigo do bairro entrou em contato com a Coluna e escreveu essa mensagem:
“Luiz Antonio Mello, acompanho o seu trabalho, tanto musical, quanto jornalístico, desde uma reportagem que você fez para o Jornal do Brasil, no Pok Tennis de Itacoatiara, acompanhado de seu amigo Abdo Seba.
Somos amantes de Niterói, de suas belas praias e da forma como a cidade recebe os amigos, turistas brasileiros e estrangeiros.
Hoje, infelizmente, estamos entregues à bandidagem! Acabaram com o chopinho amigo, a conversa informal nas calçadas e começou um verdadeiro toque de recolher apos as 20 horas em toda a cidade ! Triste, muito triste. Quanto a praia de Itacoatiara, reduto de alto astral, confraternização e uma reserva exuberante natural, estamos lutando há tempos para que se apare a altura da restinga, que coloca em risco quem está na areia e quem está na rua, querendo admirar sua beleza. Já tentamos de todas as formas, acionar a Associação, falar com o Inea e nada! Vergonha total.
Provavelmente, estão esperando uma manchete nas paginas policiais para tomarem providências.
Grande abraço, sucesso frequente em seu trabalho.
Carlos Eduardo Menezes – Itacoatiara”
O leitor usou a expressão certa; “aparar”. É disso que estamos falando. Não de devastar a restinga que é natural daquela região e que foi muito valiosa também para o cientista Vital Brazil. O genial fundador do Butantan, em São Paulo, e do Instituto que leva o seu nome, aqui em Niterói, fez grandes experimentos com cobras, escorpiões e aranhas na área de Itacoatiara e Itaipu, que o Governo do Estado deixou sob sua responsabilidade nos anos 1920/30.
Completamente deserta nessa época, a área serviu para que Vital Brazil e outros cientistas soltassem exemplares de espécies peçonhentas para monitorá-las, especialmente nas restingas. Desenvolveu materiais de informação, especialmente voltados para a população do campo, sobre como se proteger das cobras e outros animais peçonhentos. Criou uma caixa de madeira, barata e segura, para que os fazendeiros pudessem capturar as cobras; firmou convênios com as estradas de ferro, para transportá-las, pois eram essenciais à fabricação do soro. As picadas de aranhas venenosas, escorpião e lacraias deram origem a novos soros.
Um patrimônio que merece respeito, cuidado e não desleixo.
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