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Interditados postos que vendiam combustível adulterado em Niterói e São Gonçalo

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Fiscais da ANP lacram as bombas do posto de gasolina da Rua Lemos Cunha, em Icaraí

Postos de gasolina vendiam gato por lebre em Niterói e São Gonçalo. Um deles em Niterói e dois em São Gonçalo foram interditados por fiscais da Agência Nacional do Petróleo (ANP) durante a operação Fake Fuel, nesta terça-feira (26) em conjunto com a Polícia Civil e o Ministério Público do Estado do Rio. Foram presos o gerente dos três postos de combustível e o responsável pelo transporte produto adulterado.

No posto São Judas Tadeu, na Rua Lemos Cunha 528, em Icaraí, já havia sido constatada a presença de 92,1% de metanol no etanol, quando a legislação permite apenas 0,5%, e a presença de etanol na gasolina, além de 66% de etanol anidro, sendo o permitido 27% ± 1% vol. 

Na denúncia contra cinco pessoas suspeitas pela adulteração de combustível, recebida pela 1ª Vara Criminal de São Gonçalo, o MPRJ destacou que esse excesso de metanol traz risco iminente de explosão dos motores. O posto de Icaraí, apesar de interditado em julho, voltou a funcionar até ser flagrado novamente, hoje.

Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), a Delegacia de Serviços Delegados (DDSD) e a ANP, os postos interditados misturavam concentrações de metanol nas bombas muito acima do permitido. São eles:

  1. Auto Posto Brasilândia, em Porto da Pedra, São Gonçalo;
  2. Auto Posto São Judas Tadeu, em Icaraí, em Niterói;
  3. Posto Boa Vista Gonçalense, em Boa Vista, em São Gonçalo.

Os denunciados vão responder por crimes contra a ordem econômica, saúde pública, relações de consumo, falsidade ideológica, desobediência e associação criminosa. Apontado pelo GAECO/MPRJ como chefe da associação criminosa, o proprietário dos postos, Carlos Eduardo Fagundes Cordeiro, é considerado foragido da Justiça.

A denúncia do GAECO/MPRJ também levou às prisões, na última semana, do responsável pelo transporte do combustível adulterado, Alexsandro Alves da Rocha, e do gerente dos postos, Everton Alves Aquino. No endereço dos alvos em cumprimento aos mandados de busca e apreensão, foram apreendidas armas de fogo e diversos documentos que comprovam a comercialização do combustível adulterado. A investigação foi realizada em conjunto com a Delegacia de Serviços Delegados (DDSD).

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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