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Imprensa Oficial entra no quarto mês sem pagar gráficos em Niterói

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Apesar de bem equipada, Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro é mantida ociosa em Niterói pelo governo estadual

Os 300 funcionários da Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro (IOERJ), sediada em Niterói, já vão para o quarto mês sem receber salários. Até pouco tempo, a IOERJ confeccionava todos os impressos usados nas repartições do Estado. Ali também eram impressos contas da Cedae e da antiga Cerj, além de livros e provas de concursos.

Hoje, a IOERJ deixou de imprimir os balanços de empresas públicas e privadas. Desde o governo federal anterior, elas ficaram desobrigadas de publicar prestações de contas nos diários oficiais dos estados e da União. Além disso, o atual governo estadual fez muitas nomeações políticas para a empresa pública, a fim de atender a base política do governador Cláudio Castro.

Esses nomeados estariam recebendo através do gabinete civil do governador, enquanto os demais têm seus salários atrasados. Um gráfico lembra que a IOERJ foi criada em 1975, com a fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro. “Desde então, nunca atrasou salários, pagos a todo o seu pessoal do quadro fixo e aos celetistas”.

O caminho da recuperação, na opinião dos funcionários da IOERJ, passa pela decisão política do governador de socorrer a imprensa oficial, que de lucrativa passou a ser deficitária. Isto se daria com o governo do Estado redirecionando seus serviços gráficos para a imprensa oficial. A IOERJ está equipada com rotativa moderna e máquinas gráficas alemãs, de alta qualidade.

No entanto, dizem os gráficos, o Estado passou a publicar através da internet o seu Diário Oficial. Ao mesmo tempo, teria deixado de imprimir o jornal em papel, tornando ociosos o parque gráfico e todo o seu pessoal.

“Estão sendo impressos um número ínfimo de exemplares do DO, apenas para serem arquivados”, apontam funcionários da IOERJ. Lembram que, entre eles, há aqueles que pagam pensões alimentícias, mas com o atraso estariam ameaçados de prisão.

Os tickets refeição/alimentação estão em dia, mas os salários não. Os planos de saúde, que eram reembolsados pela empresa, estão deixando de ser pagos por conta da crise – criando problema para os familiares dos funcionários. 

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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