A propósito, leiam mais essa tijolada: https://bit.ly/34ZRHdm
Em janeiro de 2013, Dilma entrou em cadeia nacional de rádio e TV e, com aquele semblante arrogante, petulante, alambicado, disparou: “A partir de agora, a conta de luz das famílias brasileiras vai ficar 18% mais barata.”
Logo depois, o preço da luz deu um salto estúpido, boçal. Dilma não se fez de rogada e numa entrevista golfou, na maior cara de peroba com o seu linguajar enfermiço: “entre faltar energia e ter energia, é melhor pagar um pouco mais para ter energia. Porque o preço da falta de energia é imenso”.
E continua a lambança. Ninguém segura o cartel da energia elétrica que deu uma peitada pública em Bolsonaro e vai taxar a energia solar.
Leia: https://bit.ly/32RlWlz
Na base do que negócio é esse de consumidor se dar bem? Eu quero o meu! E levou. Vexame, Bolsonaro ficou fazendo beicinho, reclamando em público (mira el ejemplo de Chile, sus malhechores).
Nas últimas décadas, fora afanar, o governo nada fez para aumentar a produção de energia no Brasil. Só aumenta a conta de luz, galopante como a rena do apocalipse.
O depósito de mamatas e empregos que esse setor sustenta (com o nosso dinheiro) no governo é colossal. Tem Ministério das Minas e Energia e uma zaralhada de diretorias, Operador Nacional do Sistema, Aneel, e por aí vai, ladeira abaixo.
Lembro de uns tempos atrás (uns não, vários) Niterói com os prédios todos enfeitados de luzes de Natal. Tinha até concurso, os mais bonitos ganhavam alguma coisa. Com a insana cavalgada do preço da luz, o Natal virou um breu.
Alguns prédios fazem alguma coisa, botam meia dúzia de quatro ou cinco lâmpadas de led, mas fato é que o consumidor tem economizado tanto que até a tanajura sumiu. Tanajura era atraída por lâmpadas que, apagadas, atraem, no máximo, ladrões.
Todo mês, a conta de luz é a primeira a chegar. Prazo? Primeiro dia útil. Tá duro, pagamento sai dia cinco? Tem que pagar multa, determina o cartel. O mau humor mais do que justificável do consumidor (mira el ejemplo de Chile, sus malhechores) que tem no ar condicionado mero objeto de decoração, arte industrial, arte boçal, conceito a gente inventa.
Para piorar a vida do cidadão escalavrado de tanto imposto, ainda vem a Taxa de Iluminação Pública da prefeitura que dá mais uma chupada. Mas o pulso ainda pulsa (mira el ejemplo de Chile, sus malhechores).
A luz âmbar, fábrica de sombras pendurada nos postes velhos (apesar da Taxa de Iluminação Pública) torna pedestres e bicicletas invisíveis em muitas ruas. Fora isso o fato de haver muitos motoristas não saberem o que é ciclofaixa, nunca viram uma e acham que o ciclista está invadindo a rua, principalmente quando o local é meio escuro”.
A empresa que fornece luz em Niterói, Enel (italiana, de Roma), diz que 21% da luz distribuída para o município são perdidos. E dos 230 mil clientes atendidos na cidade, cerca de 18% (43 mil) moram em áreas de risco — onde os funcionários são impedidos de fiscalizar e realizar serviços de emergência e manutenção. Quem paga a conta desses 43 mil? Nós.
Uma bela desculpa para a empresa não investir em expansão. No verão, São Francisco, Charitas e arredores padecem com falta de luz, oscilação de voltagem, quedas de fase por causa da sobrecarga causada pelo cada vez maior o complexo do Preventório, zona de risco (conta liberada). Culpa dos moradores? Não. Culpa de: 1 – Governo no Estado, que não garante a segurança; 2 – Culpa da Enel, que não investe o suficiente no aumento da oferta de energia.
Fabiano Silveira, vice-presidente do Conselho de Consumidores da Enel Rio, arrancou a máscara em entrevista ao Globo: “Enquanto a inflação dos últimos dois anos acumula 6,7%, a soma dos reajustes nas contas de luz da Enel foi de 28,5% no mesmo período: mais de quatro vezes superior. Se a própria Enel admite que metade dos furtos ocorre fora de áreas de risco, ela é capaz de intervir e resolver, ao menos, essa parte do problema. A verdade é que há uma ineficiência na gestão (…)”.
P.S. – Faltam pouco mais de 10 meses para a eleição para prefeito e vereadores de 2020.
P.S. 2 – mira el ejemplo de Chile, sus malhechores.
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