Niterói ainda deve uma merecida homenagem a Ricardo Boechat. Até hoje não saiu do papel um projeto do então vereador Paulo Bagueira que dava o nome do jornalista a um pequeno espaço de convivência na Avenida Quintino Bocaiuva, em frente ao 251, em São Francisco. Em São Paulo, onde trabalhou por muito tempo, a prefeitura da capital paulista deu o nome dele a um importante viaduto do Centro.
Na areia da praia de São Francisco, todo sábado, com sol ou chuva, Boechat participava de uma pelada com os amigos. Só faltava por algum motivo imperioso, mas se preciso adiantava até um retorno de Paris para bater uma bolinha em São Francisco.
Morador do bairro, o competente arquiteto Marcio Franco da Cruz já fez um projeto para o espaço, inspirado no bordão “toca o barco”, que o jornalista usava em seu programa matinal na BandNews.
O arquiteto propôs, para criar o formato de um barco, que seja utilizado o mesmo tipo de pedra natural já presente no local. O assoalho interno do barco, formado pelas pedras, deverá ser revestido com porcelanato madeirado. Previu ainda a instalação de uma escultura representando Boechat sentado, que seria doação de amigos liderada por Paulo Marinho.
O projeto doado chegou às mãos do prefeito Axel Grael, morador de São Francisco, que o encaminhou à Secretaria de Urbanismo, a qual não levou adiante. Após o Carnaval, o arquiteto Marcio Franco vai entregar cópia de seu desenho ao hoje secretário de governo Paulo Bagueira. Este, quando vereador, aprovou o projeto de lei 231/2020 dando o nome de Ricardo Boechat para aquele espaço em São Francisco, que até hoje não recebeu nenhuma plaquinha.
Para se ter ideia do que representava a pelada e a convivência com os amigos de Niterói, a Coluna lembra que nem uma viagem a Paris faria Boechat perder o encontro de sábado em São Francisco.
Certa vez, estava em missão jornalística, hospedado no Plaza Athénée, hotel cinco estrelas, que tinha como gerente geral o amigo Franco Cozzo. A volta para o Rio estava prevista para segunda-feira, mas como terminou a missão na sexta, foi ao aeroporto tentar antecipar o retorno, contando a verdade às recepcionistas do balcão da Varig: precisava viajar imediatamente porque tinha importante compromisso no dia seguinte, no Brasil.
Teve até que jogar duro para conseguir embarcar e chegar a tempo de participar da pelada de sábado. De tão comovido que ficou, comprou dois champanhes Dom Perignon para brindar com seus companheiros de futebol, mas esqueceu a sacola com as garrafas numa cadeira do Aeroporto Charles de Gaulle.
Se naquela tarde não pôde beber à saúde dos amigos da praia, sempre que tinha oportunidade nas manhãs do seu programa na Band News, citava o nome ou apelido daqueles que lhe proporcionavam momentos de tanto prazer e alegria ao longo da vida.
Por todos os jornais, revistas, rádios e TVs de grande circulação e audiência em que Boechat trabalhou, fazia questão de falar da sua amada Niterói, relembrando fatos ou contando momentos engraçados dos amigos da terra de Arariboia.
Ricardo Bretas: "A dor crônica é um desafio crescente, mas tratável com abordagem multimodal, personalizada…
A procura pela vacinação contra a gripe é pouca, como na Policlínica Sérgio Arouca, no…
Diário Oficial de Niterói não circula desde o último dia 07 de junho O Diário…
Juíza considerou que o prefeito de Niterói excedeu sua competência ao criar a Tarifa de…
Monsenhor Elídio Robaina era um evangelizador incansável A revelação do Censo Demográfico do IBGE sobre…
Homem arranca o balaústre da entrada do restaurante Seven Grill, em Icaraí / Reprodução da internet Os…