Betty Grand está apelando pelas redes sociais a quem possa informar o paradeiro do relógio que seu pai, Germano Grand, mandou instalar ao lado da estátua de Arariboia há 50 anos.
Falecido há três anos, Germano conseguiu que a Rolex fabricasse e doasse o modelo exclusivo que logo passou a fazer parte do cotidiano da cidade. O relógio tinha os ponteiros controlados e recebia corda para funcionar de dentro da Grand Joias, na Rua da Conceição.
Agora, Betty Grand cansada de esperar por uma resposta e solução, faz no Facebook um apelo para quem souber o paradeiro do relógio de alta precisão, que seu pai deu de presente para a cidade.
Germano era uma joia rara, que valorizou o comércio lojista da cidade.
Deixou a Polônia aos 13 anos e desembarcou na barca da Cantareira, para morar na ex-capital Fluminense, até sua morte aos 98 anos.
Formado em torneiro mecânico na Escola do Trabalho, abriu sua primeira loja, o Palácio das Joias. Em 1955 inaugurou a Grand Joias, referência em bom gosto e sofisticação pelas mais finas peças importadas da Europa ou confeccionadas pelos melhores designers brasileiros.
Muitos cariocas atravessavam a baía para adquirir essas peças e, também, objetos de decoração de muito bom gosto, além de quadros e esculturas de artistas brasileiros.
Casado com Marieta, mulher elegante, fina e simples, formavam um casal que levava glamour e charme aos grandes eventos.
A cidade e a Câmara dos Diretores Lojistas (CDL), passados três anos do falecimento de Germano Grand, ainda não prestaram uma homenagem a esse homem que engrandeceu e valorizou o comércio, dedicando anos de esforço e trabalho para o seu desenvolvimento.
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