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Estacionamento investigado pelo MP em Niterói reajusta período de uma hora em 560%

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Placas informam as novas tarifas de estacionamento em Niterói, que já custam quase seis vezes mais

Parar o carro em uma das 500 vagas do estacionamento que fica atrás do Terminal João Goulart, no Centro de Niterói, está custando 560% mais pela hora ou fração.

Antes explorada pela Superintendência de Terminais de Niterói (Suten) a área foi entregue sem concorrência, pelo prefeito Axel Grael, à empresa privada Niterói Rotativo. Isto aconteceu depois que o Ministério Público abriu inquérito para apurar por que a receita ali arrecadada (cerca de R$ 100 mil mensais) não chegava aos cofres públicos.

A Niterói Rotativo também foi autorizada pela Secretaria de Conservação e Serviços Públicos (Seconser) a reajustar em 25% a tarifa das milhares de vagas que explora no município. Cada período de duas horas ou fração passou a custar R$ 5,00. O contrato de concessão assinado há mais de 20 anos, vem recebendo aditivos que não só reajustam o valor da tarifa como ampliam as áreas de estacionamento rotativo na cidade sem concorrência pública.

Atrás do Terminal João Goulart, o motorista que pagava R$ 5,00 pelo período de 4 horas – ou seja, R$1,25 por uma hora – agora tem que desembolsar R$ 7,00 por 60 minutos (560% de reajuste). Um banner pendurado na entrada informa, ainda, que a diária, que antes era R$ 10,00, passou para R$20,00 (aumento de 100%).

Esses reajustes publicados no Diário Oficial de sábado de carnaval vão prejudicar o comércio e, principalmente, o morador de Niterói que precisa fazer uma comprinha rápida numa padaria ou pequena loja de bairro, e vai ter que pagar R$ 5,00. Do contrário estará sujeito a sofrer uma multa altíssima dos implacáveis guardas da Nittrans.

A dupla Axel Grael e Rodrigo Neves, que comanda Niterói com uma arrecadação anual de mais de R$ 6 bilhões, cobrando um dos IPTUS mais caros do país e recebendo royalties bilionários do petróleo, ainda tem que explicar por que o dinheiro de uma privilegiada área de estacionamento ia para o bolso de um auxiliar graduado, e, também, porque entregaram depois o negócio a uma empresa privada, sem licitação.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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