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‘Esquina do turco’ quer manter sua placa na Rua Paulo Gustavo, em Icaraí

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A confraria “Esquina do Turco” antecipou sua reunião de confraternização de fim de ano. Os confrades almoçaram ontem no sítio da Grota preocupados em recolocar a placa que identifica o grupo, que estava há quatro anos na parede da Tapeçaria Katia. Ela foi retirada com o fechamento da loja que vai ser ocupada com a ampliação da Reserva, na Rua Paulo Gustavo, esquina com Otávio Carneiro, em Icaraí, Zona Sul de Niterói.

Um confrade contactou o competente arquiteto Ricardo Campos, responsável pelas obras. Ele prometeu levar a reivindicação do grupo que se reúne ali há quase 40 anos, aos donos da loja de grife.

Na verdade, o turco é Marcelo Nasser, descendente de libaneses, ex-professor de educação física. A confraternização da turma começou em 1964, numa festa de Natal regada a champanhe e com muito quibe e esfirra, na loja de tecidos Cotton, que Nasser manteve no endereço até 2009, quando encerrou o negócio.

A Confraria tem hoje 50 membros das mais diversas atividades e profissões. Está sempre aberta a receber outros membros. Não tem estatuto. Suas regras são bastante flexíveis, mas não permitem fofocas nem discussões acaloradas, principalmente sobre política e futebol.

Quando uma notícia chega àqueles quatro bancos instalados na esquina, ela se espalha numa velocidade maior do que a de um foguete, com a ajuda do WhatsApp.

Os encontros diários têm uma pausa para o cafezinho ou o mate em um dos três minis shoppings da área: o Icaraí, o I Fashion ou o Central Prime, além da padaria Pão & Etc.

Duas vezes por semana, depois de pesquisa, escolhem um restaurante que esteja oferecendo promoção no cardápio e na carta de vinho.

Os médicos que frequentam a Esquina do Turco dizem que é a melhor terapia de grupo que conhecem na cidade. Como a Paulo Gustavo é a rua mais movimentada de Icaraí, mesmo ficando parado naquela esquina, sempre se encontra e reencontra muita gente, além daquela  conversa jogada fora, que distrai, tornando a reunião um ambiente saudável e alegre. É bem melhor do que ficar em casa diante de uma televisão, dizem os doutores.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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