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Esquina do Turco quer de volta sua placa em ‘point’ agitado de Icaraí

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Marcelo Nasser, com seu tradicional keffiyeh na cabeça, é festejado pelos amigos em grande estilo

Os 80 anos do conhecidíssimo Marcelo Nasser foram comemorados em grande estilo no restaurante Jambeiro, com a presença maciça dos confrades da Esquina do Turco. A noite não foi apenas uma festa de aniversário, mas um brado de resistência da Esquina do Turco, um grupo de amigos que há mais de quatro décadas se encontra nos três bancos das esquinas das Ruas Paulo Gustavo com Otávio Carneiro, em Icaraí.

O grupo clama pelo retorno de uma placa, inaugurada pela turma em 2019, homenageando o patrono e as décadas de confraternização naquela esquina. Retirada durante as obras de ampliação da Reserva, a promessa era de que a placa retornaria com a reabertura da loja, mas até agora, nada.

O Turco, nosso querido Marcelo Nasser, é descendente de libaneses, ex-professor de Educação Física e antigo dono de uma tradicional loja de tecidos tanto no Centro quanto em Icaraí. A confraria teve seu início em 1984, numa celebração de fim de ano regada a champanhe, quibe e esfirra, na saudosa Cotton, loja de tecidos que Nasser manteve até 2009.

Hoje, são cerca de 50 membros, oriundos das mais variadas atividades e profissões. A confraria não possui estatuto; suas regras são flexíveis, mas claras: nada de fofoca ou discussões acaloradas. Embora manter segredos não seja o forte do grupo, quando uma novidade surge, ela corre mais rápido que um foguete.

Nos dias de calor intenso, os encontros diários migram para os pequenos shoppings da área, como o Icaraí, o I Fashion, e o Central Prime, além da padaria Pão & Etc. Uma vez por semana, Nasser escolhe um restaurante que ofereça alguma promoção atraente no cardápio e na carta de vinhos.

Um psiquiatra, frequentador ocasional da Esquina do Turco, afirma que é a melhor terapia de grupo da cidade. A movimentada Paulo Gustavo, além de ponto de encontro e reencontro, torna as reuniões um ambiente alegre e saudável, muito melhor do que passar as horas em frente à televisão, como bem pontua o doutor.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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