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Escolas e creches de Niterói esquecidas pela prefeitura rica em petrodólares

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Mães reclamam que creche deixou de funcionar em período integral

Escolas e creches de Niterói retornam às aulas presenciais com falta de professores e de material básico para o funcionamento dessas unidades. Dois anos de recesso provocado pela Covid-19 não foram suficientes para a Prefeitura de Niterói rever as instalações da rede de ensino. Rica em petrodólares bem empregados em marketing político, a administração municipal não dá a devida atenção à escola pública.

Um grupo de mães da Umei Mansur Barbosa, no Fonseca, denuncia que a unidade funciona somente em meio período porque faltam utensílios para o preparo da alimentação das crianças. Também faltam colchonetes para os pequenos dormirem.

Leia: Escola volta às aulas faltando professores na Ilha da Conceição

A Mansur Barbosa fica na Rua Magnólia Brasil 68. Por fora, o prédio está com as paredes pintadas e exige um grande cartaz com a logomarca do governo municipal. Do lado de dentro falta o básico para atender as crianças em um ambiente seguro, arejado e seguro.

Em carta enviada à Coluna, as mães de alunos matriculados na creche do Fonseca escreveram o seguinte:

“A UMEI está atendendo apenas em meio período, quando o atendimento deveria ser em horário integral. A direção alega que não existe a possibilidade dos nossos filhos ficarem em período integral pela falta de materiais indispensáveis para a permanência das crianças e total falta de estrutura adequada.

Entre as diversas carências, as mais urgentes são:

 – Falta de colchonetes para as crianças poderem dormir. A creche recebeu hoje apenas cinco unidades, e ainda assim doados por outra UMEI, pois os que se encontram na Mansur Barbosa estão mofados, rasgados e sujos;

– O único liquidificador encontra-se com defeito, impossibilitando o preparo de vitaminas e outros alimentos que necessitam de trituração; a escola oferece  apenas leite e algum acompanhamento no café da manhã;

– Nem mesmo coisas simples como uma tampa para o sanitário infantil foi garantida, tendo os alunos que utilizar o sanitário sentando diretamente na louça, tamanho é o descaso com o bem-estar de nossas crianças por parte da Fundação Municipal de Educação;

– A única panela de pressão também apresenta  defeito, sem condições de fazer feijão e colocando em risco a segurança das cozinheiras, pois o problema é no pino de pressão, que pode vir a explodir a qualquer momento;

– Ar-condicionado e ventiladores com defeito aguardam a manutenção, já solicitada diversas vezes pela direção.

Nós pais/ responsáveis precisamos de um posicionamento urgente. Pois a unidade está totalmente impossibilitada de receber nossos filhos no período integral. Lembrando que é um direito deles o acesso a um ambiente saudável e seguro, onde possam receber cuidados e educação de qualidade.”

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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