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Escola de Niterói não deixa aluna usar bermuda no verão. Mães protestam

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Catálogo de uniformes do Abel só prevê bermudas para rapazes

Alunas do Abel La Salle não podem assistir as aulas usando bermuda nas turmas do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio. Um grupo de mães reclamou com a direção da escola lassalista em Niterói. Dizem tratar-se de “uma clara discriminação de gênero”. No catálogo de uniformes do Abel, as bermudas constam somente do uniforme masculino.

Segundo comunicado do Abel aos pais, “a escolha pela utilização correta do uniforme escolar tem como principais funções a igualdade, a segurança, a disciplina e o respeito”. Ressalta que o uniforme “evita o consumismo e a disputa de status, pois padroniza e iguala os estudantes, mantendo o foco na aprendizagem e evitando situações discriminatórias”. O documento distribuído pela escola aos pais de alunos reforça que “os estudantes que não estiverem uniformizados corretamente serão notificados, conforme Regimento Escolar”.

Em resposta à direção do Abel, um grupo de mães considera que o colégio, ao estabelecer diferença de vestimentas para meninas e meninos “anula toda e qualquer função de igualdade e respeito que o uniforme tem. O que consta do manual não retrata igualdade. Muito pelo contrário, a ideia que passa é que meninas não são iguais aos meninos, não podem usar bermudas diariamente, algo só facultado aos meninos”.

As mães de alunos questionam: “Seria o calor dos trópicos diferente entre os gêneros? Seria o conforto algo só proporcionável a meninos? Seria o corpo feminino algo a ser escondido, sob pena de a mulher ser a causadora, com seus joelhos e panturrilhas expostos, da perda de foco na aprendizagem?”

O manual do Abel prevê para as meninas do Fundamental II como alternativa para a calça de microfibra ou calça jeans escura o uso de calça corsário ou calça legging.  A calça corsário é bem parecida com uma legging, mas é mais curta, com a barra um pouco acima da canela. Para os meninos o manual prevê a calça de microfibra, a calça jeans escura e a bermuda de microfibra.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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