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Erros urbanos alagam Niterói

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(atualizado às 18h36m)

Na primeira chuva forte do ano, Niterói vê se repetirem as ruas alagadas e o trânsito parado neste final de tarde de quarta-feira (11/01). A Defesa Civil do município fez o alerta, mas as sirenes não tocaram em comunidades encarapitadas em morros, como o do Palácio, no Ingá. Este bairro virou um rio para variar. Estão alagadas parte das ruas Nilo Peçanha, Pereira Nunes, Paulo Alves e Presidente Pedreira, dificultando o acesso a Icaraí. O dilúvio se repete no Fonseca e em outros bairros da Zona Norte e da Região Oceânica. Santa Rosa também sofre com o descaso da conservação e manutenção de redes pluviais e de bueiros entupidos, apesar de morar nesse bairro o prefeito reeleito Rodrigo Neves.

O Centro de Monitoramento e Operações da Defesa Civil de Niterói, reproduzindo um mapa do Alerta Rio, da prefeitura carioca, publicou há uma hora atrás a seguinte nota em sua página do Facebook: “Devido ao calor e à alta umidade, no momento já observa-se a atuação de núcleos de chuva de intensidade moderada/forte na Região Serrana e Metropolitana, podendo chegar na cidade de Niterói. Assim, há previsão de pancadas de chuva nas próximas horas no município”.

Em outra nota publicada no site da prefeitura, às 18h30m de hoje, a Secretaria de Conservação e Serviços Públicos (Seconser) culpa o lixo jogado nas ruas pelos alagamentos. Acrescenta que “duas toneladas de lixo são retiradas por mês dos bueiros de Niterói pela equipe da Seconser. O trabalho de limpeza das caixas-ralo, com objetivo de facilitar o escoamento das águas pluviais, se complementa à ação da Companhia Municipal de Limpeza Urbana de Niterói (Clin) que, diariamente, recolhe 200 toneladas de lixo jogadas nas ruas da cidade”.

E fica o dito pelo não dito, ou melhor, pelo não feito para a manutenção e/ou implantação de galerias pluviais que evitem a cidade de parar toda vez que chova mais forte. Para prever que vem chuva minutos antes de ela cair, todo mundo sabe que basta olhar para o céu, não precisa de mapa meteorológico. Depois de alguma tragédia, a justificativa de prefeitos acaba sendo sempre a mesma de culpar o criador pelos efeitos dos tais “elevados índices pluviométricos”.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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