Cada vez que vamos ao Centro de Niterói ficamos chocados com sua degradante imagem econômica e social. A continuada ausência de uma política pública deixa suas ruas sujas, calçadas esburacadas, pedintes por todos os lados, moradores de ruas embaixo de marquises, uma infinidade de lojas com placas de aluga-se. Mas ainda encontramos gente resistindo à crise, como o engraxate José Janailson. Ele assumiu há 22 anos a cadeira herdada de seu xará José, ao lado do Fórum da Justiça do Trabalho de Niterói.
Janailson é um dos resistentes que ainda sobrevivem no maltratado Centro de Niterói. Com a pandemia, nesses dois últimos anos de Covid ele só conseguiu engraxar cerca de cinco pares de sapatos por dia. Antes eram 30.
Como sua clientela é basicamente formada por advogados que frequentam o fórum trabalhista, depois do home office eles sumiram. Hoje, os que comparecem ao fórum vêm sem terno e calçando sapatênis.
— Estou resistindo porque amo minha profissão, gosto do que faço. Tenho esperança de que, em breve, tudo voltará ao normal – diz o engraxate.
Muitos de seus vizinhos comerciantes não puderam manter suas atividades, tendo que enfrentar tantas despesas, encargos e responsabilidades em uma área comercial abandonada pelo poder público. Um exemplo é o Niterói Shopping, onde apenas no térreo estão fechadas 14 lojas à procura de novos corajosos inquilinos lojistas.
Em contrapartida, a cidade tem uma das maiores rendas per capita do país e a Prefeitura uma arrecadação bilionária garantida pelos royalties do petróleo. Só que gasta a maior parte daqueles bilhões para manter uma máquina eleitoral, alimentada por mais de 60 secretarias municipais, autarquias e empresas públicas abrigando mais de 6 mil apaniguados.
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