Hoje, o consumidor arca com três quartos do total das perdas da empresa e, se a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aceitar os argumentos da Enel vai passar a pagar ainda mais por um prejuízo que ele próprio não causa nem tem como controlar.
— É a vida. Alguém tem que pagar – disse Zorzoli em entrevista à repórter Ramona Ordoñez, do jornal O Globo . E justificou, em seguida: “Como pode uma concessionária ter de arcar com custos por territórios onde não pode trabalhar? Alguém tem que arcar. O consumidor vota, ele pode mudar algo, a concessionária não vota, não pode mudar nada”.
Apesar de seus vinte anos de experiência no setor, o engenheiro elétrico italiano não mostra que a Enel pode mudar muito isto, em vez de usar a velha receita brasileira de tungar os bolsos dos consumidores/contribuintes.
A perda de energia elétrica através dos furtos na rede encontra dois principais culpados: o primeiro é o desnível social e o descontrole do Estado que praticamente criam essas terras de Marlboro onde o crime é lei imperante; o segundo é a própria empresa que há anos, sem concorrência, visa ao lucro realizando investimentos mínimos que acabam deixando sua própria rede de distribuição de energia vulnerável aos furtos.
Em Niterói, a Ampla empurrou com a barriga a obrigatoriedade legal de instalar redes subterrâneas, em substituição a postes arcaicos que enfeiam a cidade e, em alguns casos, impedem até a mobilidade das pessoas. Sem falar que a empresa os aluga a terceiros para pendurarem cabos de telefonia e de dados caotizando ainda mais a paisagem.
A distribuição de energia, que agora Zorzoli promete melhorar em cinco anos, seria mais limpa se a fiação fosse subterrânea, em vez de sujeita a ventos e temporais. O presidente da Enel diz que a empresa está trazendo “as melhores tecnologias da Europa para controle remoto da rede, na perspectiva de melhorar significativamente nos próximos anos a qualidade dos serviços”.
— Ano passado houve investimento recorde de R$ 803 milhões, e neste ano, até setembro, já investimos R$ 571 milhões – acrescentou Zorzoli.
Sobre os “gatos”, o presidente da Enel disse que está trabalhando com a Universidade Federal Fluminense (UFF) num estudo para propor um modelo diferente para definir o que é uma área de risco. Com isso, a empresa espera fazer a Aneel alterar seus parâmetros para o cálculo das perdas a serem repassadas à tarifa.
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