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Eleitor de Niterói não aguenta mais promessa e calote

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Em outubro haverá eleição para prefeito e vereadores e todos os candidatos (ou pré-candidatos) sabem que, como em todo o país, o eleitor de Niterói está indignado com o cenário político. Com razão, promete dar muito, mas muito trabalho.

Os candidatos a prefeito que conhecem a cidade vão ter que cumprir antes de prometer. Na cabeça de cada eleitor, alguns pontos cruciais que ele vai exigir, vai cobrar:

Redução do número de secretarias e cargos afins. Só de inúteis, absolutamente inúteis, secretarias regionais (só servem para abrigar apadrinhados) são 16!

Não adianta ficar de mi mi mi, dizer que segurança pública é problema do governo do Estado e ponto final. O prefeito tem que se fazer respeitar, exigir do governador providências concretas. Ficar de lamúria nos jornais não resolve nada e nem enrola ninguém.

Não inventar mais nada na área de saúde. Se o novo prefeito conseguir fazer funcionar o que já existe está bom. O morador de Niterói sente literalmente na carne o que não está funcionando. Não adianta tentar embromar.

O trânsito da cidade nunca esteve tão caótico. Dá para ver, nitidamente, que há falta de planejamento mínimo e de agentes de trânsito em diversos bairros, especialmente em Icaraí. Ruas como a Álvares de Azevedo, Presidente Backer e Lopes Trovão ficam o dia inteiro engarrafadas por falta de guardas nas esquinas.

O inchaço urbano continua. Moradias irregulares avançam em várias regiões da cidade, uma situação cada vez mais degradante.

Mais uma vez a necessária revitalização econômica, social e urbanística do Centro de Niterói ficou só na promessa.

Quando a Região Oceânica vai ganhar infraestrutura decente, compatível com o valor dos impostos que os revoltados (com razão) moradores de lá pagam?

Há anos sem ver uma árvore plantada, Niterói continua sem um projeto ambiental. Absolutamente nada foi feito na atual administração para preservar a saúde das pessoas e o ambiente como um todo. Não há sequer controle de emissão de gases pelos veículos nas ruas.

Uma situação de décadas que ninguém entende porque, de fato, não dá mesmo para entender, é o duplo comando em algumas áreas. Por que existem Secretaria de Educação e Fundação Municipal de Educação, Secretaria de Saúde e Fundação Municipal de Saúde; Secretaria de Cultura e Fundação Municipal de Arte? Não é de hoje, eu sei, mas por que não acabam com uma ou com outra?

Luiz Antonio Mello

Jornalista, radialista e escritor, fundador da rádio Fluminense FM (A Maldita). Trabalhou na Rádio e no Jornal do Brasil, no Pasquim, Movimento, Estadão e O Fluminense, além das rádios Manchete e Band News. É consultor e produtor da Rádio Cult FM. Profissional eclético e autor de vários livros sobre a história do rádio e do rock and roll.

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