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DNA petista difícil de ser quebrado por Rodrigo Neves

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Quanto mais perto fica o prazo limite para fechar a janela que permite a troca de partido sem quebra de fidelidade (dia 2 de abril), aumentam as especulações sobre o destino político do prefeito Rodrigo Neves, que já disse ter “desconforto com o PT”. A última notícia é que ele deverá ir de mala e cuia para o PSB.

– Ele pode sair do PT, mas o PT não vai sair dele – afirmou um líder petista lembrando a carreira de Rodrigo, iniciada ainda jovem no Partido dos Trabalhadores. Pela legenda já foi vereador, deputado estadual, e agora prefeito tentando a reeleição.  Ainda por acordo do PT com o PDT de Jorge Roberto Silveira, foi secretário de Assistência Social de Niterói; e depois com apoio do PMDB de Cabral, o petista assumiu a Secretaria estadual de Assistência Social.

Membro da corrente ligada ao ex-ministro José Dirceu (hoje réu do mensalão e do petrolão), Rodrigo participou de uma disputa acirrada com o grupo do ex-prefeito petista Godofredo Pinto, que queria indicar o deputado federal Chico D’Ângelo para encabeçar a chapa.

Petistas niteroienses acham que “agora é tarde para sair do partido”. Certamente que sim. Se ele se sente desconfortável com os malfeitos de seus companheiros deveria ter-se desligado do PT quando começou o mensalão, seguindo Heloísa Helena e Chico Alencar, que foram para o PSOL, ou Marina Silva que lutou para criar a Rede. Teve outra chance quando estourou o petrolão e uma leva de petistas bateu em retirada, como Alessandro Molon, hoje na Rede.

Em suas costuras políticas, Neves faz alianças municipais com partidos antagônicos ao governo de Dilma Roussef, que ainda recentemente, durante inauguração do “Minha Casa, Minha Vida” em Itaipuaçu (Maricá), se referiu ao prefeito de Niterói como “meu amigo”. Rodrigo negocia apoio com o Solidariedade de Paulinho da Força, que quer impichar a presidente a todo o custo, assim como o PPS de Roberto Freire.

Em Niterói, as negociações de Neves com o Solidariedade são através de Paulo Bagueira, presidente da Câmara de Vereadores; e com o PPS presidido pelo deputado estadual Comte Bittencourt , ambos com chance de indicar o vice na chapa visando à reeleição do prefeito que já tentou ir para o PV de Axel Grael; para o PMDB de Jorge Picciani; o PSD liderado na cidade por Sérgio Zveiter; e até para o PDT de Jorge Roberto Silveira. Agora busca o PSB de Romário.

Seja para onde for, levará consigo o DNA petista.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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