Uma kombi que vende petiscos, cerveja e churrasquinho, se fixou num dos recuos da Rua Francisco Pimentel, na esquina da Praia das Flechas, ao lado da Praça César Tinoco, no Ingá. Ali próximo, a prefeitura gasta R$ 4,4 milhões com o alargamento e reurbanização da Rua Paulo Alves.
Na Praia de Icaraí, em frente à Rua Otávio Carneiro, instalaram um quiosque que está servindo de depósito. Deixam sacos e galões com lixo no calçadão, após cada madrugada.
É fato que, com a pandemia da Covid-19, muita gente perdeu emprego e renda. Quem pode, está se virando nos trinta, mas é preciso que haja alguma ordem para isto. Não é possível que a prefeitura de Niterói, com 69 órgãos com status de secretaria e mais de 3,5 mil cargos comissionados, não tenha ninguém para organizar a desordem urbana instalada na cidade.
A partir desta semana, o prefeito Grael está distribuindo benefícios sociais a cerca de 50 mil famílias e 2,8 mil pequenas empresas, com um gasto de R$ 40 milhões mensais. Ele mantém a promessa que fez na campanha eleitoral, de pagar essas bolsas até o fim da pandemia.
Niterói tem recursos suficientes para bancar a ajuda aos desvalidos. A cota generosa de royalties do petróleo que recebe mensalmente vai somar, este ano, cerca de R$ 1,2 bilhão.
Em vez de dar o peixe, o prefeito deveria dar caniço, anzol e isca, e ensinar a pescar. Ao mesmo tempo, deveria manter a urbe limpa e organizada. Só desse jeito venceremos a epidemia da barafunda urbana.
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