Enquanto o Censo 2022 do IBGE aponta que dois em cada três brasileiros (67% das pessoas) levam até meia hora no deslocamento entre casa e trabalho, em Niterói apenas 13% dos moradores conseguem se deslocar em até 15 minutos, e 24% em até meia hora — bem abaixo da média nacional.
O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira (09) pelo IBGE, referentes ao último Censo. A maioria dos moradores de Niterói enfrenta jornadas mais longas: 33% levam entre meia hora e uma hora, e 20% ultrapassam uma hora de trajeto.
Esse contraste com a média nacional acende um alerta sobre a mobilidade urbana na cidade. A redução de linhas de ônibus, somada ao crescimento acelerado de veículos de aplicativo, tem contribuído para o aumento do volume de trânsito nas vias. O que antes era uma alternativa de transporte, hoje se soma ao congestionamento — e à frustração dos cidadãos.
A ausência de investimentos consistentes em transporte público e a falta de planejamento integrado entre modais agravam o problema. A cidade, que já foi referência em qualidade de vida, agora vê seus moradores reféns do tempo perdido no trânsito — tempo que poderia ser dedicado à educação, ao lazer ou ao convívio familiar.
A redução de linhas de ônibus, especialmente em bairros periféricos e da Região Oceânica, tem deixado lacunas no atendimento à população. O transporte por aplicativo, embora útil, não resolve o problema estrutural — e ainda contribui para o aumento da frota circulante, pressionando o sistema viário.
A mobilidade urbana em Niterói pede urgência. Mais do que números, os dados do Censo revelam histórias de cansaço, de jornadas exaustivas e de uma cidade que precisa reencontrar o caminho da eficiência e da inclusão no transporte.
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Meu primo que trabalhou na Sardinhas 88 sempre diz que andar na linha OC2 que sai da praia de Itaipu é o mesmo que estar atrasado dentro de uma lata de sardinhas tamanha a pequena quantidade de ônibus que fazem o trajeto. Uma obra faraônica que não transporta ninguém. Se se conhecesse o que é austeridade já teríamos o metrô na cidade.
A população niteroiense, no geral, possui um viés individualista. Mesmo possuindo opções de ônibus, as classes média & média alta priorizam sair de carro. Uma lástima.
“País rico não é aquele em que o pobre anda de carro. É aquele em que o rico usa o transporte público”.