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Covid volta a infectar mais em Niterói; hospital suspende cirurgias eletivas

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O número de casos de Covid-19 voltou a crescer em Niterói. O diretor do Hospital Geral do Ingá (HGI), Luiz Nazar, dá o alerta: “os hospitais públicos e privados precisam suspender as cirurgias eletivas sob o risco de seus pacientes serem contaminados pelo coronavírus em seus leitos”.  O HGI já tomou essa decisão e, a partir da segunda-feira 23/11 somente cuidará dos casos de Covid.  Outros hospitais da rede privada, apesar de confirmarem maior ocupação de leitos destinados à Covid este mês, não alteraram a rotina de seus centros cirúrgicos como anuncia o HGI.

Apesar de o prefeito Rodrigo Neves garantir que o coronavirus está sob controle em Niterói, à medida que o isolamento social começou a ser relaxado no município coincidindo com a campanha eleitoral, o número de pessoas infectadas passou a subir. Em agosto os gráficos  divulgados pelo Ministério da Saúde somavam 2.051 novos casos e 56 óbitos em Niterói. Em setembro, foram mais 2.168 casos e 58 novos óbitos; em outubro, 2.440 casos e 90 mortes; e nos 18 primeiros dias de novembro 1.486 novos casos e 41 óbitos.

Cresce número de internações em Niterói

O número de doentes internados na última quarta-feira (18/11) nos hospitais de Niterói somava 314 pacientes, sendo 169 ocupando 56% dos leitos reservados para Covid, e 145 casos graves em UTIs (52% das unidades  reservadas). A informação é do Sindicato dos Hospitais de Niterói e São Gonçalo (Sindhleste), divulgada em relatório que distribui às quartas-feiras, desde o início da pandemia.

O diretor-médico do Hospital Geral do Ingá, Luiz Otavio Nazar, diz que está com 30 leitos de UTI ocupados nesse momento, assim como 39 leitos de quarto/enfermaria.  “O sistema privado de saúde está em colapso. Os hospitais públicos e privados precisam tomar a decisão de suspender as cirurgias eletivas sob o risco de seus pacientes serem contaminados com Covid dentro dos hospitais. No entanto ainda não tomaram essa decisão, provavelmente por razões econômicas”, diz Nazar.

A ocupação de leitos na rede privada vinha se mantendo na faixa de 30% para casos de coronavirus. Houve uma queda em agosto e setembro, mas na última semana de outubro começaram a subir, passando de 126 internações (74 em leitos e 52 em UTIs), para 314 este mês. No Hospital Icaraí, os 20 leitos de UTI e os 30 quartos reservados para o Covid-19, têm ficado 80% mais ocupados do que em agosto. No Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), os 25 leitos de UTI e 33 de internação de contaminados pelo coronavirus estão com 40% de ocupação. “No Icaraí, por enquanto estamos com nosso centro cirúrgico funcionando normalmente, obviamente obedecendo todas as medidas de segurança”, diz  Biagio Ganino, diretor-médico do hospital.

Hospitais cariocas no limite

Do outro lado da ponte, hospitais do Rio de Janeiro estão chegando ao limite de ocupação. O da Unimed-Rio anuncia em nota à imprensa que está fazendo o redimensionamento tanto do número de leitos intensivos como os não intensivos. Desde outubro, o hospital vem com um viés de alta em relação aos meses anteriores, acrescenta a nota.

O último boletim do Painel Covid, do Ministério da Saúde, registrou ontem 102 novos casos em Niterói, e mais 16 óbitos. Desde o início da pandemia, foram atendidas no município 17.200 pessoas infectadas, e 554 morreram. A estimativa de infectados na última semana é de 495 pessoas. A evolução diária de casos, segundo o painel do ministério, apresenta uma queda de 14%, mas a média móvel dos últimos sete dias é de 70 novos casos. A evolução diária de novos óbitos mostra a média de 3 mortes por dia na última semana.

Os casos de Covid-19 neste mês de novembro já são 60% do total registrado nos 31 dias de outubro. No mês passado o Painel Covid-19, do Ministério da Saúde, registrou 90 novos óbitos e 2.440 novos casos. Neste mês de campanha eleitoral e eleições municipais, Niterói já tem registrados 1.486 novos casos e 41 óbitos em novembro.

Gilberto Fontes

Repórter do cotidiano iniciou na Tribuna da Imprensa, depois atuou nos jornais O Dia, O Fluminense (onde foi chefe de reportagem e editor), Jornal do Brasil e O Globo (como editor da Rio e dos Jornais de Bairro). É autor do livro “50 anos de vida – Uma história de amor” (sobre a Pestalozzi), além de editar livros de outros autores da cidade.

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