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Com 40% dos habitantes em apartamentos, Niterói quer verticalizar mais moradias

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O adensamento da Rua Paulo Gustavo, em Icaraí, poderá se repetir em outros bairros de Niterói com a nova Lei Urbanística

Niterói já tem 40,2% de seus 500 mil habitantes morando em apartamentos, revela o Censo Demográfico 2022 do IBGE divulgado esta semana. E a prefeitura pretende verticalizar ainda mais as moradias. No dia 5 de março, a Câmara de Vereadores deverá votar o novo Projeto de Lei Urbanística de Niterói. A proposta aumenta o gabarito em vários bairros da cidade, permitindo a construção de prédios de grande porte.

Niterói está na oitava posição no ranking de moradores de apartamentos no país. A ex-capital fluminense tem 194.492 domicílios, segundo o IBGE. São 108.592 casas (sendo 10 mil em vilas ou condomínios horizontais) e 85.480 apartamentos, além de 38 casas de cômodo e 52 construções degradadas ou inacabadas.

Com mais da metade da população vivendo em edifícios, três cidades brasileiras lideram o ranking. São elas Santos (SP), com 63,45%; Balneário Camboriú (SC), 57,22%; e São Caetano do Sul (SP), com 50,77%.

Além de Niterói, outras quatro cidades também passam por um processo acentuado de verticalização e já têm quase metade ou mais de um terço de sua população morando em apartamentos.

É o caso de Vitória (ES), com 45%; Porto Alegre (RS), com 42%; Viçosa (MG), com 41%; São José (SC), com 41%, e Itapema (SC) e Florianópolis (SC), ambas com 38%.

Em junho do ano passado, o Censo já havia revelado que as famílias brasileiras estão ficando menores e seus domicílios abrigam cada vez menos gente. São 2,79 pessoas por residência, na média nacional. No Censo de 2010 eram 3,31 moradores.

Apesar da redução do número de pessoas por domicílio na média do país, a desigualdade regional é grande. Enquanto no Amazonas a média é de 3,64 pessoas por lar, no Rio Grande do Sul cai para 2,54. Em Porto Alegre são apenas 2,37. No Estado do Rio são 2,6 habitantes por domicílio, segundo o Censo 2022.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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