Colecionador guarda preciosidades em 30 mil discos de vinil, em São Gonçalo

A procura pelos discos de vinil voltou a crescer entre os colecionadores novos, antigos e até os curiosos que apreciam as famosas bolachas, diz Valdir de Almeida Siqueira. Ele tem 30 mil compactos e discos de 78 rotações, catalogados e em prateleiras nos cômodos de sua casa, no bairro da Mangueira, em São Gonçalo.

–  É só observar que as lojas já começaram a vender toca-discos, num sinal de que vamos voltar à década de 40, quando esse formato de disco surgiu – diz Valdir.

Desde os 7 anos de idade ele ficava antenado com as músicas que ouvia no rádio. Aos 12 anos, anotava em um caderno o nome da canção e o de seus autores. Dois anos depois, o irmão lhe emprestou um compacto de Elvis Presley, que de tanto tocar por anos, virou usucapião.

Aos 19 anos Valdir começou a comprar discos e nunca mais parou. Aos 29 anos conseguiu comprar uma vitrola completa, boa para época, com amplificador e caixas de som potentes.

Aos 70 anos, continua com uma ligação de amor com o vinil. Segue o mesmo ritual de ligar a vitrola, colocar o disco e apreciar a relação do vinil com a agulha. Aprecia cada capa e imagina o jeito que o artista pensou ao ordenador o repertório musical. Tudo isso lhe dá prazer e alegria.

É difícil imaginar o artista ou o conjunto que Valdir não tenha em sua extensa coleção. Estão nas suas prateleiras álbuns dos Beatles, Elvis Presley, Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, Gal Costa, Elis Regina, Tim Maia, Jorge Bem, Geraldo Alston e quem mais você imaginar.

O conhecido pesquisador musical, vizinho e amigo de Altay Veloso, recebe constantemente uma ligação de artistas famosos pedindo cópias de discos com músicas que eles não estão mais encontrando.

Valdir é a memória viva da música em vinil.