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CNJ aprova projeto de preservação da história proposto por cartório de Niterói

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Gilson Sant’Anna, titular do 1° Distribuidor de Niterói, idealizador do projeto pioneiro

A recuperação de documentos históricos guardados por todos os cartórios do Brasil foi aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), atendendo pedido feito pelo tabelião Gilson Sant’Anna, titular do 1° Distribuidor de Niterói. O cartório é pioneiro nesse projeto de preservação da memória nacional desde quando lançou o livro “Curiosidades e revelações dos registros notariais”, escrito pelo talentoso jornalista e historiador Emmanuel de Macedo Soares, falecido há três anos.

O CNJ consultou a Confederação dos Notários e Registadores do Brasil que vai coordenar esse trabalho em todo país. “Esse trabalho é o mesmo que eu fiz com o Emmanuel de Macedo Soares, que agora deverá ser estendido a todos os cartórios de nosso país”, diz Gilson Sant’Anna.

 

“A vida vai além das petições e documentos”, diz juíza

O livro que reúne curiosidades dos registros notariais foi editado pelo Instituto de Estudo dos Ofícios de Distribuição e Interdição e Tutela do Brasil. Está disponível para leitura no site do Tribunal de Justiça do Estado do Rio (clique aqui). Nele, o leitor pode apreciar o estilo de grande contador de histórias de Emmanuel de Macedo Soares, que reconstitui os fatos através das notas de distribuição de processos judiciais.

O julgamento do rumoroso “Crime de Icaraí”, um feminicídio acontecido nos anos 20 do século passado, quando os homens lavavam a honra com sangue; as duas mortes de Justina Bulhões, moradora do Ingá que doou parte de suas terras para ligar o bairro a Icaraí; a interdição do jurista baiano Teixeira de Freitas, requerida pela esposa e prima; e muitas outras histórias de pessoas que expuseram suas vidas em processos judiciais há mais de cem anos estão contadas no livro “Curiosidades e revelações dos registros notariais”

Na apresentação da obra, a juíza Ana Lúcia Vieira do Carmo destaca que Emmanuel “teve a sensibilidade de retornar, pesquisar e pensar, através das notas de distribuição, o passado”.

Acrescenta que “para o mundo jurídico, os autos formam a verdade processual. Nossa história (dos operadores do Direito) está nas sentenças, nas denúncias, nos inquéritos, nas distribuições. Mas a vida vai além das petições e documentos. E foi assim que a pesquisa aconteceu. As verdades não se encerram no processo, são apenas o ponto inicial para a pesquisa”.

No livro, Emmanuel apresenta histórias de pessoas que expuseram suas vidas nos processos judiciais, lembra a juíza Ana Lúcia, concluindo: “Seus desejos, suas dores e seus alívios ganharam tonalidade poética quando narrados pelo autor de forma viva, mas sem os argumentos técnicos e frios dos autos processuais”.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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