Controlado pelo cirurgião por meio de um console, o robô faz incisões de cerca de 10 mm e movimentos milimétricos reproduzindo os movimentos comandados pelo médico. Em um de seus quatro braços está acoplada uma câmera que proporciona uma visão tridimensional dos órgãos. Ela amplia em até 15 vezes a imagem com nitidez. Os demais ficam livres para operar com instrumentos como pinça, tesoura e porta-agulhas.
O aparelho possui tecnologia que aprimora a técnica cirúrgica, como a pinça selante robótica e o sistema Fire Fly Fluorescence, que controla e coagula vasos sanguíneos maiores, prevenindo, de forma mais eficiente, possíveis hemorragias durante a operação. Já a segunda tecnologia identifica, de modo preciso, por meio de uma luz fluorescente, estruturas como tumores em órgãos sólidos e áreas mais vascularizadas, o que permite, por exemplo, anastomoses com mais segurança.
O investimento do CHN em avanços tecnológicos começou em 2019. “Com a cirurgia robótica, atingimos um patamar tecnológico superior, quebramos paradigmas saindo das modalidades de cirurgia aberta, passando pela vídeo-cirurgia até chegarmos na tecnologia robótica que oferece ainda mais qualidade para a população da região Norte-Leste Fluminense”, afirma o diretor-geral do hospital.
O Serviço de Cirurgia Robótica e a realização da primeira intervenção assistida por robô no Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), que faz parte da Dasa, a maior rede integrada de saúde do Brasil, já está agendada.
Felipe Lott, cirurgião urológico e coordenador do Serviço de Cirurgia Robótica do CHN, explica os benefícios dessa tecnologia para os pacientes: “Ela reduz o tempo cirúrgico, o que, como consequência, diminui o risco de complicações e efeitos colaterais. E por ser menos invasivo, o procedimento causa menos traumas no paciente, menos dor pós-operatória e, por conseguinte, menor tempo de recuperação e internação.”
O equipamento disponível no CHN é o modelo Da Vinci. Segundo o doutor Lott, os braços mecânicos oferecem graus de precisão e liberdade de movimento muito maiores se comparados com as pinças da técnica cirúrgica tradicional de laparoscopia. “O método robótico dá mais segurança e exatidão, pois alcança regiões que a mão humana não consegue atingir, além de oferecer mais conforto e ergonomia para o médico que opera. Mas o robô não substitui as mãos habilidosas dos cirurgiões, pelo contrário, agrega e potencializa o conhecimento que eles já têm”, afirma.
Para executar uma cirurgia robótica, é necessário fazer aulas, treinamentos com simuladores e realizar um mínimo de 10 cirurgias robóticas acompanhadas de um proctor (instrutor) de sua especialidade. “Numa analogia, eu diria que é similar a um piloto de avião, que precisa passar por horas de simulação até iniciar o voo como piloto principal”, comparou Eduardo Duarte, médico coordenador do Centro Cirúrgico do CHN.
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