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Centro de Niterói retrata o abandono e o desleixo da prefeitura com a cidade

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Morador de rua vive em uma barraca armada na Avenida Amaral Peixoto, no Centro de Niterói

É impressionante o estado de abandono do Centro de Niterói, uma cidade que foi capital do Estado do Rio de Janeiro e que hoje causa medo às pessoas que andam por suas calçadas esburacadas, sujas e repletas de moradores de rua. À noite, o pânico toma conta de quem é obrigado a sair nesse horário dos escritórios e consultórios e encontrar pessoas estranhas pedindo ajuda nas portas dos edifícios.

O acinte chegou a tal ponto que na calçada do Itaú da Avenida Amaral Peixoto, na entrada do lado direito, armaram uma barraca de camping. Ela está aparafusada no chão e fica fechada com cadeado durante o dia. Do lado esquerdo da agência bancária, catadores de recicláveis espalharam suas tralhas.

Do outro lado da Amaral Peixoto, no trecho onde fica a agência da Caixa Econômica, está o edifício Nossa Senhora da Conceição, que a Prefeitura de Niterói interditou há quatro anos. Na ocasião, o ex-prefeito Rodrigo Neves prometeu fazer naquele imóvel um grande projeto habitacional de interesse popular. Mas nada foi feito até hoje.

Somando- se à inércia da administração municipal, o esvaziamento comercial é visível. Muitas lojas fecharam, numa demonstração da decadência do Centro de Niterói. O mais grave é que a Prefeitura cobra um dos IPTUs mais caros do país e tem uma arrecadação bilionária somando os royalties de petróleo. No entanto, prioriza gastar essa dinheirama com marketing, shows milionários e obras eleitoreiras, além de manter 65 secretarias repletas de comissionados, a maioria recebendo nos caixas eletrônicos sem trabalhar, para perpetuar no poder esse esquema corrupto e nefasto para Niterói.

Para o presidente do Sindlojas, Charbel Tauil, o desemprego, a violência, o grande número de camelôs, o aumento brutal de moradores em situação de rua e a sujeira, têm sido causas para o esvaziamento e desempenho negativo do comércio, que há anos só ouve promessas de revitalização da área.

Esses fatores afastaram o consumidor do Centro da cidade, que se tornou um verdadeiro deserto, influenciando decisivamente no desempenho das vendas, além do fechamento de vários estabelecimentos comerciais.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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