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Ceasa Colubandê, coração da alimentação não para na pandemia

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Na Ceasa do Colubandê, em São Gonçalo, a rotina começa à meia noite. O entreposto de cereais, frutas, verduras e legumes não parou nenhum um dia nesses meses de quarentena, para que não faltasse a comida em nossas casas. As lojas da Ceasa recebem 30 mil toneladas de gêneros alimentícios por mês, descarregados por dezenas de caminhões que chegam a todo instante de todo o Brasil.

Os donos e funcionários das lojas passam por uma verdadeira batalha diária. Primeiro, fecham o preço com o produtor ou lavrador na origem. Quando a mercadoria chega, examinam e procuram negociar o produto, ainda na carroceria do veículo. O que sobra, descarrega, coloca à mostra no balcão para outros interessados, até as 12h, horário de fechamento.

Os caminhões vão chegando de todos os cantos do país, trazendo a batata do triângulo mineiro(90%) e do Paraná; o tomate da Região da Serra de Friburgo e de Itaocara; a cebola de São Paulo, Santa Catarina, Argentina e Holanda; alho da China; manga do Nordeste e a uva do Sul, de São Paulo e do Nordeste.

Os preços sofrem uma mutação diária por diversos fatores, como entressafra, intempéries, aumento do frete. Tudo é negociado a cada dia, dependendo os preços da procura e da oferta, numa verdadeira bolsa de mercadorias.

Carlos Matos começou aos 8 anos a acompanhar o pai, revendedor de batatas para os supermercados da Região. Na época o entreposto funcionava no Mercado Municipal da Avenida Feliciano Sodré, em Niterói. Depois, com 27 anos, foi para o novo Ceasa do Colubandê, em São Gonçalo.

Nessa época, ficou conhecido como Carlinhos Batata. Ele comprava esse importante tubérculo da cozinha brasileira. Ia diretamente à fonte, nos períodos de safra, no Paraná, São Paulo e Sul de Minas.

Hoje, Carlinhos, com 65 anos, diversificou. Há dois anos vende em sua loja, frutas e legumes, garantindo uma vida mais saudável para a freguesia.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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