Carlos Ruas, gente boa há 90 anos

A filha Cristina, o neto Carlos Henrique Ruas Bon, o noventão, a neta Luiza Andrade e o pintor Adolpho de Carvalho

Noventa anos de bom humor, camaradagem e fidalguia acabam de ser completados pelo jornalista Carlos Ruas. Ele começou a carreira como fotógrafo e depois por mais de duas décadas foi importante colunista da cidade pelas páginas do jornal O Fluminense, além de ter se destacado como porta voz da grande colônia portuguesa niteroiense.

Ao lado das filhas Cristina e Nina Rita, de toda a família e um grupo de amigos, o jovial Ruas festejou aniversário com uma feijoada servida em sua casa de Pendotiba. Filho de portugueses, nasceu na Lapa, Rio de Janeiro, e foi para Portugal com 4 anos, de onde retornou com 17 para servir ao Exército e com 25 se mudou do Rio para fazer história em Niterói.

Pelas lentes de suas 25 máquinas fotográficas Ruas registrou os principais fatos ocorridos nas décadas de 1940 a 1970. Os destaques eram os concursos de miss, os bailes de Gala e de Máscaras. Cobriu também a derrubada do trampolim de Icaraí, a revolta das Barcas e, a notícia mais chocante, o incêndio do Gran Circus Norte Americano, em 1961.

Ruas é viúvo de Lisaura, uma abnegada defensora das causas sociais e grande baluarte da Associação Fluminense de Reabilitação, a qual presidiu por muitos anos, sendo responsável pelo crescimento da instituição filantrópica.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.