Mascote de Rio Bonito, tinha traços de pastor alemão. Já estava idoso e doente. As cinzas estão guardadas numa caixa que deverá ficar numa redoma junto da estátua. A homenagem será na praça principal de Rio Bonito, a Fonseca Portela, que Zé frequentou por toda a vida. Terá os pés no chão para que possa ser tocada pelas crianças, propõe Janderson Muniz, Secretário de Cultura e Turismo do município. Ele diz que, como “não existe dispositivo legal para ser destinada verba municipal para a estátua, o prefeito Leandro Pereira Neto e secretários estão empenhados em ajudar a conseguir recursos para a obra”. De início, a prefeitura já deu o nome do cachorro à Feira de Adoção de Animais que funciona na praça.
A escultora Jô Grassini tem muitas estátuas e bustos em praças e locais públicos de Niterói, dentre elas a de Acúrcio Torres, deputado federal constituinte pelo Rio de Janeiro em 1934 e 1946; de Geraldo Bezerra de Menezes, jurista niteroiense primeiro presidente do Tribunal Superior do Trabalho; e do jornalista, historiador e poeta Luiz Antônio Pimentel, entre outros.
Na praça de Rio Bonito estão os bustos de Leir Moraes e Ângelo Longo feitos por Grassini também através de vaquinha de amigos e admiradores deles. Mas esta será a primeira vez que vai esculpir um cachorro, em seus 30 anos de vida artística.
Não se sabe ao certo a origem de Zé Pereira, mas o finado deixou histórias que o povo gosta de repetir, como a de quando mobilizou um aparato policial à agência do Bradesco no município. É que Zé gostava de tirar uma soneca em ambiente refrigerado. Numa dessas, o banco encerrou o expediente sem notarem que ele ficou trancado. Quando acordou e começou a buscar uma saída, o alarme disparou mobilizando a polícia de Rio Bonito.
A jornaleira Terezina Gomes cuidava de Zé Pereira. Servia a refeição matinal e o almoço e um vizinho fornecia o jantar. Há dez anos, quando começou na banca da Praça Fonseca Portela, Zé já perambulava por ali há uma década. Quando o tempo esfriava, pessoas levavam o animal para dormir em casa. “Só que ele latia a noite toda querendo ir para a rua”, conta Terezina.
Zé Pereira gostava da rua. Ninguém o convencia a ser adotado. Zeca Novais, que dirige a ong Lona na Lua e participa do movimento pela estátua do cachorro, diz que “ele era o verdadeiro rei da praça”. Em dias de festa, acrescenta Terezina, “Zé deitava no meio do povo para apreciar tudo”.
– Era um vira-latas que não precisava virar lata nenhuma. Zé era amado por todos. E nunca lhe faltou nada. Zé não passava fome, todos cuidavam dele. Além da comida que colocavam em seu pratinho atrás da banca da praça, à noite ganhava um hambúrguer no Trailer do Cabeludo e petiscos de outros carrinhos de lanches – conta Zeca Novais.
Também tinha patrocinadores para banho e tosa. No frio ganhava roupinhas. Reconhecido pela cidade, foi retratado em um painel, pintado na escadaria do Hospital Darcy Vargas por um grupo de grafiteiros coordenado por Taisa Brazil.
Zeca Novais relembra que o cachorro, pai “de inúmeros Zezinhos, sempre se metia em confusão. Algumas vezes foi atropelado por estar atrás de alguma cachorrinha no cio. Com o tempo, motoristas começaram a andar mais devagar pelo Centro. Era preciso ter cuidado, ninguém poderia atropelar o cachorro mais amado da história da cidade”, conclui Zeca.
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