O neologismo mistanásia foi cunhado pelo padre Márcio Fabri dos Anjos, doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma (Itália). Trata-se de um conceito já coexistente e subjacente nas reflexões bioéticas, especialmente na América Latina, mas que ainda não aparece de forma clara e satisfatoriamente difusa. O viver sofrido quase sempre leva a morrer fora do tempo ou “antes da hora”.
Dom Luiz Ricci explica que a bioética, como ética aplicada, situada num contexto social injusto e plural, visa contribuir para a defesa e a promoção da vida humana, sobretudo a vulnerada e exposta à possibilidade de morte mistanásica.
O livro está dividido em cinco capítulos, começando com o autor discorrendo sobre o modo de ser latino-americano como ambiente favorável para o surgimento do conceito de mistanásia, seguido de uma proposta de mística para a bioética. Na sequência, são apresentados os cenários históricos que precederam o termo, e depois a apresentação do conceito, sua difusão e contribuição para o deslocamento de acento em bioética.
Dom Luiz foi professor de ética teológica e bioética na Faculdade João Paulo II (Fajopa), em Marília, até assumir como Bispo Auxiliar de Niterói em agosto. Tem mestrado e doutorado em teologia moral, pela Pontifícia Universidade Lateranense – Academia Alfonsiana de Roma, e pós-doutorado em bioética pelo Centro Universitário São Camilo, em São Paulo.
O lançamento do livro “A morte social: mistanásia e bioética” e palestra acontecem hoje (05/10), às 18h30m, na Unilassalle, na Rua Gastão Gonçalves 79, Santa Rosa. Antes do lançamento, o arcebispo de Niterói, Dom José Francisco, presidirá a celebração de missa às 17h30m, no local.
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