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Berço do futebol no Brasil, Rio Cricket é tombado em Niterói

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Quem passa pela Avenida Marquês do Paraná deslumbra o cenário verde e a majestosa sede em estilo colonial do Rio Cricket

O Clube Rio Cricket, importante berço do futebol no Brasil, agora é um bem material e imaterial tombado em Niterói.  O clube foi fundado há 127 anos “nos arrabaldes de Santa Rosa e Icarahy”, segundo a escritura de compra do terreno por um grupo de ingleses, lavrada em 16 de novembro de 1897.

Pela lei 3.894, de autoria do vereador Beto da Pipa, publicada no Diário Oficial desta terça-feira (18), o campo de futebol e a sede do clube ficam preservados pelo valor histórico, social e esportivo que representam. O tombamento “não impedirá eventuais melhorias e reformas no mesmo, desde que mantidas suas características”, segundo ressalta a lei.

Até hoje, quem passa pela Avenida Marquês do Paraná deslumbra aquele cenário verde tendo ao fundo a majestosa sede em estilo colonial do Rio Cricket. Fazem parte da história da criação do futebol no Brasil. O clube mantém acesa sua vocação esportiva com escolinhas para crianças e de futebol feminino. Já as peladas de fim de semana têm vagas bastante disputadas pelos sócios para as partidas no seu bem cuidado gramado.

O clube foi fundado há 127 anos por um grupo de jovens ingleses para praticar o críquete, um jogo disputado com tacos e bolas. Sua origem remonta ao Sul da Inglaterra, durante o ano de 1566.

Foi nesse campo da Rua Fagundes Varela onde grandes jogadores de futebol deram os seus primeiros chutes na bola no antigo Estado do Rio de Janeiro. O Rio Cricket disputou o Primeiro Campeonato Carioca em 1906, ficando em terceiro lugar.

De toda a história do clube de Niterói, seu maior craque foi o tricampeão mundial de futebol Leonardo, mas seu campo também foi frequentado por outros jogadores famosos como Zizinho, Gerson, Altair, Jair Marinho e José Maria.

Na sede do clube, alguns costumes ao longo desses últimos anos foram se transformando, como o chá das senhoras às quintas-feiras no Salão Cristal, que hoje tem o nome de Lady Di. As brasileiras deram continuidade a esse encontro, sem chá, mas com um joguinho de buraco acompanhado de refrigerantes e biscoitos, mantendo o espírito de distração e camaradagem.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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