Não faltam filmes de câmeras de segurança mostrando a ação dos bandidos. A reprodução dessas imagens viraliza nas redes sociais. O que parece faltar mesmo nesses filmetes são os mocinhos. A polícia está com seu efetivo em desvantagem para o exército de marginais que domina Niterói.
Assaltos em ônibus aumentaram 66% (de 18 para 30); roubos de celular, 100% (de 31 para 62). Roubos a lojas subiram 47,8% (de 23 casos para 34) e roubos a pedestres, ocorrência que registra o maior número de casos aumentou 1,4%, passando de 284 registros em abril de 2015 para 288 em abril de 2016. O roubo de veículos diminuiu de 122 casos para 114 (-6,5%), mas o furto de veículos aumentou 102% (de 42 registros em abril de 2015 para 85 registros no mês passado).
Para o comandante do 12° Batalhão da PM, coronel Fernando Salema, o aumento do número de homicídios deve-se à guerra de traficantes nos morros e favelas da cidade, onde ele afirma terem acontecido 80% dos assassinatos.
Mas em meio a esta guerra está a população não somente das comunidades dominadas por bandidos, mas de bairros a sua volta. Recentemente, uma bala perdida atingiu o Hospital Santa Martha, em Santa Rosa, onde os tiroteios têm sido mais frequentes. Estudantes da Faculdade de Farmácia da UFF, no vizinho bairro Vital Brazil, já tiveram que se jogar ao chão para evitar balas perdidas.
Para o presidente da OAB Niterói, Antonio José Barbosa, “o trabalho do comandante do 12° Batalhão da PM, coronel Fernando Salema, é notório e digno de elogios, mas como uma andorinha só não faz verão, torna-se necessário o somatório de um reforço policial da primeira qualidade”. O advogado defende o reforço do policiamento com “um forte contingente das Forças Armadas e das Policias Civil e Federal no cerco aos bandidos desclassificados e de alta periculosidade que só têm como meta matar, matar e matar”.
O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, ao mesmo tempo em que bate na mesma tecla, na qual insiste que sem haver a presença do Estado nas comunidades, o trabalho da polícia será o de apenas enxugar gelo, com a prisão de bandidos que, logo em seguida, ganham as ruas de novo; e com a falta de oportunidades de educação, trabalho e saúde de moradores de áreas onde alguns acabam sendo cooptados pelo crime.
A crise financeira do Estado cria condições para o aumento das estatísticas do crime. O 12° Batalhão da PM, que além de policiar Niterói tem que cobrir o município de Maricá, está com sua operacionalidade reduzida pela falta de dinheiro para pagar horas extras aos policiais, através do Regime Adicional de Serviço (RAS) e enfrenta dificuldade para botar gasolina com regularidade em suas viaturas. Sem o RAS, a cidade conta com menos cem policiais no patrulhamento diário de suas ruas, o que facilita a ação de ladrões de rua.
Salema diz que “está brigando contra o roubo de rua. Que realmente é uma realidade, tem muito marginal na rua, indo e voltando para praticar o delito”. A PM tem feito o que pode, mas ainda é muito pouco. Por sua vez, o secretário Beltrame promete “mudanças de aplicação do policiamento e também de investigação nessas áreas (com maior incidência de crimes)”.
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