Publicidade
Notícias

Adoçando a boca da freguesia há 35 anos

Publicidade

A terra do cacique Arariboia tem cada figura! Muitas delas, pelo seu trabalho anônimo e contínuo merecem destaque e reconhecimento dos niteroienses, pelas mais diversas atividades que exercem nas ruas da cidade.

É o caso, de Pedro Adilson Bregua, que deixou o emprego no antigo Banerj para vender canjiquinha de milho, cuscuz de tapioca e bolo de aipim, todos feitos com coco segundo receitas da mãe dele. Com seu carrinho de doces estacionado sempre no mesmo lugar da Avenida Amaral Peixoto, conseguiu com muito esforço formar os filhos.

Pedro conta que a mãe, dona Edazima (amizade ao contrário), era exímia e premiada cozinheira em João Pessoa. Ela a Paraíba na década de 50 para casar com um português e montar uma cantina na Rua Barão de Mauá, que vivia cheia.

O interesse pelo forno e fogão estavam nas veias de Pedro Adilson. Desde 1984, na calçada do Edifício Sabin, mais conhecido como edifício da Sabiá Discos, de segunda a sexta, das 10h às 19h, ele ali está vendendo seus doces.

Ele e a mulher Maria da Conceição começam cedo,  às 5h da madrugada, na produção da canjiquinha de milho, do cuscuz e do bolo de aimpim.

A procura pelos tradicionais doces é grande. Chova ou faça sol, Pedro está no ponto, vestido com seu jaleco branco e boné. Ele senta muito pouco no banquinho, bate papo com os fregueses enquanto comem o seu produto, conversando sobre os mais diversos assuntos da cidade ou do país.

O doceiro sempre consegue vender tudo. Mas quando acontece de haver sobra, seu espírito bondoso sempre encontra uma alma perdida pelas proximidades, doida para saborear os doces cuja receita da mãe é um segredo que Pedro não revela a ninguém.

— A minha vida está aqui nesta movimentada Avenida Amaral Peixoto. Como hoje a expectativa de vida das pessoas é cada vez maior, pretendo trabalhar ainda por mais uns vinte anos, porque aqui é que me sinto realizado – diz Pedro Adilson.

O vendedor presta atenção em tudo o que acontece a sua volta. Diz que antes, com a música alta tocada na loja da Sabiá Discos, “não dava para perceber a reação ou ouvir o burburinho das pessoas que passam em grande quantidade por aqui, discutindo, brigando ou em um bate papo descontraído”.

Nos fins de semana, quando não está trabalhando diz que “sente falta do barulho de tudo, dos ônibus, carros e motos, mas principalmente do contato com gente de todas as camadas da sociedade, da mais rica a mais pobre que vejo passar diariamente na minha frente”.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

Recent Posts

Gruta de Santo Antônio conquista o InspiraRio na categoria gastronomia

Dona Henriqueta e o filha Alexandre Henriques com o prêmio Inspirario conquistado pela Gruta de…

10 horas ago

Cidadania elege novo presidente no RJ e reafirma apoio a eleição de Paes a governador

Eduardo Paes ressalta a importância da aliança com o Cidadania / Foto: Divulgação O Congresso…

3 dias ago

São Gonçalo: refém da violência está esquecido na guerra contra o crime

Câmera de segurança flagra morador sendo assaltado ao chegar em casa, em São Gonçalo /…

1 semana ago

Urologista Leandro Casemiro Cezar destaca prevenção do câncer de próstata

O doutor Leandro Casemiro vai falar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce…

1 semana ago

Água na torneira? Só às vezes. Mas conta chega cheia aos moradores de Maricá

Operários cavam valas para instalar canos e hidrômetros em todas casas, como as da praia de Maricá…

2 semanas ago

CHN+Vidas amplia rede de prevenção cardíaca em academias de Niterói

Participante do programa CHN+Vidas aprende a aplicar a reanimação cardiopulmonar / Divulgação O programa CHN+Vidas,…

2 semanas ago
Publicidade