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Adeus a Fatima Graff e um jantar sempre adiado

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Fatima Graff cercada pelo carinho dos netos Bruna, Tiago, Beatriz e Matheus.

“Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje; o amanhã é incerto e pode não vir”. Tive a certeza da importância dessa reflexão com a morte inesperada da minha querida amiga-irmã Fatima Graff. Fomos adiando há mais de ano o jantar que tinha até um restaurante escolhido, o Azurra, que fica no Rio Designer Barra, shopping próximo de onde ela morava. Só não tinha a data marcada. Para diminuir o remorso, estou colocando a culpa no confinamento da Covid-19, que já dura oito meses.

De uma hora para outra, Fatima, 74 anos, foi internada sábado e faleceu na quarta-feira no Hospital Unimed -Barra. Para consolo dos familiares e amigos ela se foi sem nenhum sofrimento. Na quarta-feira (11-11), será celebrada missa às 18h de sétimo dia na Paróquia Santo Agostinho, na Barra da Tijuca. A cerimônia religiosa poderá ser acompanhada  clicando aqui. (ou aqui,  no dia = htpps://youtube.com.br/c/ParoquiaSantoAgostinho/featured)

Conheci a eletrizante Fatima mocinha no curso preparatório do professor Nelino. Dali ela se formou na Faculdade de Letras e Literatura e eu na de Direito da UFF, ficando o contato e a amizade permanente, apesar de nos vermos muito pouco. Professora nata, lecionou português no Liceu Nilo Peçanha, Instituto Abel e São Vicente de Paulo. Sempre alegre e comunicativa, Fatima foi de uma coragem exemplar. Numa época de muitos preconceitos, casou há 54 anos com Valduir, o primeiro irmão a deixar a Congregação La Salle por amor a uma colega de magistério do colégio católico.

O fato de repercussão na sociedade teve o apoio do diretor irmão Amadeu, ícone da educação e do Complexo lassalista  em Niterói, responsável pela formação de milhares de jovens que brilham nas mais diversas atividades no Brasil e no exterior. Depois outros irmãos leigos seguiram o mesmo caminho amoroso, largando o hábito religioso para colocar aliança na mão esquerda em moças de famílias tradicionais da cidade.

Fatima amava e estava sempre antenada nos acontecimentos e na vida dos personagens da cidade. Aqui na coluna estava sempre presente com sua opinião franca e comentários lúcidos e inteligentes. Teve dois filhos, a médica Ana Paula e o especialista em informática Alexandre, que lhe deram os netos Beatriz, Matheus, Bruna e Tiago, paixões de sua vida. Confesso que chorei a sua morte. Resta agora o conforto de guardar na lembrança a imagem da querida irmã superinteligente, comunicativa, falante e de bem com a vida. Descanse em paz.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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