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Zoonoses alerta para raiva em Niterói

Escrito por Gilson Monteiro às 11:51 do dia 18 de julho de 2018
Sobre: Morcegos transmissores
18jul

Dois morcegos com diagnóstico positivo para raiva foram encontrados neste mês de julho em São Francisco, Zona Sul de Niterói, por agentes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Fundação Municipal de Saúde. O órgão expediu um alerta aos moradores do bairro que é cercado por matas onde vivem animais silvestres como os morcegos.

O comunicado da CCZ começa afirmando que “a raiva é uma doença que pode afetar tanto os animais mamíferos como os humanos”. Acrescenta que, “apesar de controlada em Niterói em cães e gatos há muitos anos, ainda persiste nos animais silvestres, como ocorre em todo o Brasil”.

A nota prossegue recomendando atenção dos moradores de São Francisco para: “a necessidade de manter seus cães e gatos vacinados contra a raiva”; e que “caso avistem algum morcego no chão, vivo ou morto, avisem imediatamente ao CCZ pelo telefone (21)2625-8441”. Alerta também para que ninguém tente pegar o morcego nem deixem cães e gatos terem contato com o animal.

A vacinação de cães e gatos deve ser feita anualmente. Em Niterói, fora da época de campanha, a FMS oferece vacinação diariamente, em horário comercial, no Campo de São Bento e no Horto do Barreto.

Por fim, a nota da CCZ afirma que não quer “trazer desespero à população, mas sim deixa-la ciente da situação”. Adverte, ainda, que os morcegos não devem ser perseguidos, maltratados ou mortos, “o que poderia configurar crime ambiental”, já que são animais da fauna silvestre e importantes para o equilíbrio do ambiente.

Transmissão e prevenção da raiva

Segundo o Ministério da Saúde, de 2010 a 2017 foram registrados 25 casos de raiva humana no país. Do total, nove tiveram o cão como o animal agressor, oito por morcegos, quatro por primatas, três por felinos e em um deles não foi possível identificar o animal transmissor do vírus rábico.

A raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais.

O Ministério da Saúde recomenda que, no caso de agressão por parte de algum animal, a assistência médica deve ser procurada o mais rápido possível. Quanto ao ferimento, deve-se lavar abundantemente com água e sabão e aplicar produto antisséptico.

O esquema de profilaxia da raiva humana deve ser prescrito pelo médico ou enfermeiro, que avaliará o caso indicando a aplicação de vacina e/ou soro.

Nos casos de agressão por cães e gatos, quando possível, observar o animal por 10 dias para ver se ele manifesta doença ou morre. Caso o animal adoeça, desapareça ou morra nesse período, informar o serviço de saúde imediatamente.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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