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Região Oceânica questiona obra milionária

Escrito por Gilson Monteiro às 10:50 do dia 24 de março de 2017
Sobre: TransOpaca
24mar

Moradores e comerciantes vão protestar neste sábado (25/03), em ato público das 9h ao meio-dia no Trevo de Piratininga, contra a falta de transparência e de planejamento da TransOceânica, obra milionária e de resultados duvidosos que vêm sendo executada com sucessivas alterações de custos e de prazos, afetando a vida da Região Oceânica de Niterói.  Cerca de R$ 290 milhões, dos R$ 311 milhões orçados para execução do projeto, terão que ser pagos, com juros de seis por cento ao ano, à Caixa Econômica Federal pelos próximos 25 anos.

O Movimento Fórum da TransOceânica, organizador do evento, ressalta que “a população não teve oportunidade de conhecer o projeto ”porque as audiências públicas realizadas pela Prefeitura de Niterói “foram mal divulgadas”. Ressalta, ainda, ser “duvidoso” o planejamento dessa obra cujo “impacto negativo é vivido diariamente pelos moradores da Região Oceânica no trânsito e no comércio, e alguns temem pela desapropriação de suas casas”.

Durante a semana, o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, colocou dezenas de moças vestidas com camisas com a logomarca de seu governo distribuindo folhetos na Região Oceânica. Os panfletos louvavam a obra que a população nunca pediu nem entende para que sirva senão para tornar o seu dia-a-dia ainda mais complicado pela falta de uma mobilidade urbana real.

Dentre os pontos negativos, o Fórum da TransOceânica aponta o problema que causarão à mobilidade da região os ônibus municipais que terão o tráfego interrompido no corredor viário toda vez que algum deles à frente parar em uma das estações; pedestres terão que andar cerca de meio quilômetro para acessar as estações ao longo da Estrada Francisco da Cruz Nunes, e a significativa redução dos retornos para veículos prejudicará também a locomoção no bairro.

E mais: as ciclovias estão distantes das vias de comércio; a Avenida Sete está fora do projeto, embora integre a operação da Transoceânica, deixando de sofrer a exigência de Estudos de Impacto de Vizinhança para seu entorno; e as vias secundárias serão severamente impactadas com o aumento do tráfego.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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12 thoughts on “Região Oceânica questiona obra milionária

  1. O meu comércio, sofreu muito durante toda obra, mas, quando o trecho que passa na porta da minha loja ficou pronto, inviabilizou meu funcionamento, pois, a via auxiliar que deixou de existir agora passou a ser via rápida, ou seja, quem tenta estacionar sofre com a impaciência de quem esta na via rápida e pior ainda quando se tem que sair da vaga.
    O impressionante, é que uma obra deste porte, não tenha elaborado um plano de impacto sócio econômico, principalmente para que após o seu término tenhamos resultados positivos, e não o transtorno que vivemos de fechamento do comércio local.

    1. Durante a campanha da primeira eleição do Rodrigo Neves, abordei ele em uma passeata próxima às Lojas Americanas, em um sábado de manhã (estava um caos). Perguntei o que ele faria pra melhorar ali, trânsito confuso, poucas vagas pra estacionar, dificuldade pra entrar e sair, ônibus andando rápido na via auxiliar. “Vou fazer a TransOceânica, via expressa, BHLS, blá, blá, blá”. Perguntei de novo: e a confusão, dificuldade pra parar no comércio, etc? Respondeu qualquer coisa desconexa de novo. Realmente, ele não estava preocupado com isso, nem estava interessado em ouvir os moradores da região. Lamentável.

  2. Era só abrir o túnel e com esse dinheiro todo gasto em BRT, asfaltar as ruas que ainda não são asfaltadas e ainda assim não gastaria tudo isso.

  3. Como faço pra conhecer melhor e participar desse “Movimento Fórum da TransOceânica”? Não achei no Google.

  4. Eu ainda não vi nenhum ganho nesta nova obra. Até onde eu sei, os BRT’s terão circulação na pista central, os ônibus comuns pelas laterais e qdo pararem, ficará apenas uma pista para os carros, pq não há recuos dimensionados adequadamente para absorver mais de um ônibus (me corrijam se eu tiver errado) e o transito vai ficar muito ruim. Não há ciclovia interligando Itaipu a Charitas, o que é um grande desperdício, uma vez que pelo tunel, teria um caminho totalmente plano de Itaipu ao Centro de Niterói se isso fosse levado a sério.
    Uma pergunta que não quer se calar.é: Quem ganha com esta obra?

    1. Leandro, na teoria, os atuais ônibus comuns virarão o BRT*. Os ônibus Intermunicipais é que ninguém sabe informar, pois sequer fazem parte do consórcio Transoceânico e nem ao menos foram informados de nada, ao que tudo indica, serão descontinuados.
      *Eu só disse na teoria vira BRT, porque as empresas deveriam mudar toda a frota para novos ônibus de portas dos dois lados (o que representa gastar aprox. 40milhões). Elas já deveriam ter entrado com processo de compra, mas já anunciaram que não irão fazer até pelo menos o final da obra, ou seja já adiaram a parte delas.

    1. Nesta eleição e no período anterior TODOS OS VEREADORES ELEITOS ,aliados à Felipe Peixoto ,foram BASE E SÃO AGORA DO PREFEITO RODRIGO NEVES.
      Inclusive o CHEFE DO LEGISLATIVO Vereador Bagueira .

  5. Obra sem planejamento algum, sem projeto, curvas fora do padrão normativo, falta de iluminação, árvores cortadas sem propósito, sem falar com os transtornos causados aos moradores e comerciantes.
    A região oceânica pleitiava a anos a construção do túnel mas não do sistema BRS que não vai trazer melhoria alguma a locomoção dos moradores.

  6. Eu acho que esta obra não tem utilidade nenhuma no dia a dia dos moradores, sem contar que acabou com o comércio, os retornos sumiram e a grande coisa que tínhamos de melhor na região era as vias auxiliar. O nosso prefeito destruiu a região oceânica

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