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Quiosques com música alta tiram o sossego de moradores de Charitas

Escrito por Gilson Monteiro às 15:49 do dia 17 de fevereiro de 2020
Sobre: Desordem urbana
  • quiosques da praia de Charitas
17fev

quiosques da praia de CharitasO contribuinte mora em frente à praia, paga R$ 9.600,00 de IPTU anual, quando chove a rua alaga, o bairro vira um caos e ninguém pode sair de casa. Além disso tem que conviver, nos fins de semana, com o barulho infernal vindo dos quiosques, que não respeitam os decibéis permitidos e muito menos a lei do silêncio.

O relato acima é da psicóloga Clarissa Dias, moradora de Charitas, que há anos tenta em vão resolver o problema com a administração municipal. Cansada, agora recorre à Coluna.

Realmente, é inadmissível que a Prefeitura de Niterói, que tem 66 órgãos com status de Secretaria, inclusive uma Ouvidoria, com mais de 5.000 comissionados, a metade sem trabalhar, cobrando um dos IPTUs mais altos do país, com petrodólares jorrando na Fazenda municipal, não tenha um único setor para atender as inúmeras reclamações dos moradores. Afinal são esses que pagam a conta de quem trabalha e também daqueles que só aparecem para receber no fim do mês.

O desabafo de Clarissa Dias:

Boa tarde Sr Gilson.

Estou entrando em contato porque sei da influência que o senhor exerce em Niterói, e eu preciso de uma ajuda em relação aos quiosques da praia de Charitas.  Eu sou moradora da Rua Eurico mandar do Carmo número 2, enfim quando alaga é aquele caos, não é possível sair de casa e o IPTU mensal beira R$800. O meu apartamento é de frente à praia, e além disso eu tenho questões com a Prefeitura desde 2008, que negligencia totalmente o morador da área.

Existe o regulamento da Prefeitura, aonde é dito que os quiosques não podem ter nenhum tipo de aparelho sonoro, eles te ciência desse termo. Uma vez o som da caixa estava tão alto, que eu fui até eles, porque a Prefeitura não atendeu e a polícia disse que não poderia fazer nada, então, eu fui lá, só haviam homens, e falei com eles  que ele não poderiam  ter música, disseram que já sabiam, e pedi encarecidamente para virarem as caixas de som para o mar,  ao  invés dos prédios.

E tem alguns meses vem sendo comum a prática de shows ao vivo nos quiosques. Eu trabalho até sábado. No domingo que eu tenho pra descansar, é impossível, porque o barulho é infernal mesmo com toda vidraça da varanda fechada, e as portas fechadas. O som entra na minha casa sem que eu possa fazer nada com isso, e ainda não eu posso escolher o estilo musical que eu e minha família possamos escutar, porque é bem eclético, e por vezes não aconselhável para uma criança de seis anos tenho. Esses quiosques não atendem os moradores do bairro, e nem sei se eles atendem os moradores da cidade, acredito que não.  Eles pagam os impostos para funcionarem do jeito que funcionam?  Eles não têm acústica, não têm nada, não poderiam fazer da forma que eles fazem. Charitas fica largada ao caos com esse IPTU caríssimo. É muito triste ver essa situação e não ter ajuda de nenhum lado.  Por isso eu estou mandando essa mensagem para o senhor, na esperança de que eu consiga fazer a minha voz ser escutada.

Grata pela atenção. 

Clarissa Dias

 

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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8 thoughts on “Quiosques com música alta tiram o sossego de moradores de Charitas

  1. Concordo plenamente, já fiz várias reclamações e até agora nada , já não sei mais a quem recorrer !
    Um bairro tão caro , IPTU nas alturas , e não temos uma praia ordenada para descansar e curtir um pouco . Bagunça nos quiosques , som nas alturas , músicas desapropriadas , uma verdadeira “terra de Marlboro “ onde eles fazem o que querem !
    Isso tem que acabar !

  2. Em primeiro lugar adoraria saber se a vigilância sanitária passa por lá, a sujeira é muita e se um restaurante de Icaraí apresentasse esse tipo de serviço seria fechado. Pagamos IPTU caro e moradores de outros municípios vem usufruir da praia. Não conseguimos nem caminhar no fim de tarde no final de semana. Trânsito um caos. Quanto ao alagamento nos dias de chuva é uma vergonha não só em charitas como em toda a cidade

  3. Concordo plenamente com a Dra. Clarissa Dias em seus questionamentos !!! É uma calamidade o calçadão da praia de Charistas , tem de tudo para denegrir um bairro bonito e valorizado, com prédios de arquitetura moderna , bons restaurantes e excelente urbanização com vias largadas e jardins .

    A qualquer hora do dia pilhas de caixas de cervejas , amontoado de cadeiras e mesas no entorno desses famigerados pseudos Quiosques e nos finais de semana confusões de toda ordem , sem se falar do som alto no período noturno !!!!

    A bagunça é tanta , que uma obra de arte do mestre Oscar Niemeyer que é a Estação dos Catamarãs , que seria valorizada em qualquer país do mundo , está escondida atrás de quiosque , contenier , um monte de canoas e amendoeiras , que impedem sua visão !!!

    LAMENTÁVEL !!!!

  4. A quem é nteressa a permanência dos quiosques? Creio que os órgãos competentes dessa cidade fazem vista grossa porque têm interesse nisso e não é de agora. Coisas descabidas como o aumento populacional da favelização em Charitas, devido a votos que esses sujeitos ocupando cargos na prefeitura querem angariar é público e notório. Os quiosques deveriam acabar, porque nada agregam ao bairro, muito pelo contrário, pois quem os frequenta não são os moradores . Nos fins de semana, então, não se tem direito de passear nem pela calçada, além da sujeira que é deixada na praia.

    1. A praia é um local público, para usufruto da população como um todo, e não apenas dos moradores das cercanias. Os quiosques estão lá há anos, e são a fonte de renda de várias famílias. O movimento que eles geram é benéfico para o local, pois traz mais segurança aos frequentadores. Sou a favor da regulamentação de qualquer ponto comercial, na beira da praia ou não, o que inclui regras para coleta de lixo, para ocupação racional da calçada, de respeito à lei do silêncio, etc. O que não cabe mais é resolver problemas usando a força e a truculência. Acho que este grupo político que tomou o poder no país está nos deixando um legado perigoso de falta de habilidade política para resolver problemas de forma negociada e civilizada. Precisamos dizer NÃO ao autoritarismo.

      1. Eu não sei se o senhor frequenta os quiosques, mas que sensação de segurança é essa? Pegue uma cadeira particular, e coloque na aérea demarcada ilegalmente por eles. Eu nasci nesse bairro, e os quiosques nunca agradaram os moradores. A proposta inicial era serem quiosques relacionados a restaurantes, e seriam apenas cinco. Virou bagunça e aglomerado que não atende a população. O senhor não sabe de muita coisa. E ainda mais por se tratar de um local público, se faz necessário cumprir as regras estabelecidas e ter respeito a todos, principalmente a aqueles que pagam os impostos do Bairro.

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