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Farmácia ocupa posto de gasolina

Escrito por Gilson Monteiro às 18:43 do dia 18 de janeiro de 2017
Sobre: Remédio x combustível
18jan

Apesar de o preço dos remédios estar pela hora da morte, o que mais se vê na cidade é a abertura de farmácias. Elas estão ocupando todos os espaços disponíveis e se instalando quase que uma ao lado de outra. As pequenas foram pouco a pouco sendo engolidas pelas grandes redes. Niterói só perde para o Rio em número de farmácias, que já são 247 (cerca de uma para cada 1,9 habitantes). A maioria funciona em Icaraí e no Centro.

Até postos de gasolina estão virando drogarias, como o da esquina das Ruas Miguel de Frias com Gavião Peixoto, em Icaraí. Na Moreira Cesar a rua também está tomada por esse tipo de comércio. Outro posto de combustíveis desativado há tempos, na Miguel de Frias com Roberto Silveira, também vai virar uma mega drogaria. O Bar Fragatas que fechou na Moreira César,  vai dar lugar à venda de medicamentos.

O lado positivo nessa história é o aumento de emprego para farmacêuticos formados, pois cada ponto aberto é obrigado a ter um profissional de plantão. Segundo o historiador Emmanuel de Macedo Soares, a ex-capital, “antes alegre, que tinha até o apelido de cidade sorriso, ficou com sua gente de semblante triste. Os bares que eram uma alegria, com as leis seca e a antifumo, foram fechando. Parece que a cidade ficou doente, tamanha a quantidade de farmácias. Com o aumento da perspectiva de vida, cresceu também o número de idosos. O triste é que o salário deles foi achatado e o seu maior consumo é com a compra de remédios, que têm os preços escorchantes, com a conivência dos governos”.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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